“Temos o direito de ser iguais
sempre que as diferenças nos inferiorizem
Temos o direito de ser diferentes
sempre que as igualdades nos descaracterizem”
Boaventura de Sousa Santos
Quando pensamos em machismo, racismo e homofobia, achamos que a universidade é um local privilegiado e livre de opressões. No entanto, basta olhar os cartazes de calouradas com meninas semi-nuas, o pequeno número de negros/as em nossa universidade e procurar cadeirantes e casais homoafetivos se expressando livremente para vermos que a universidade não está separada da sociedade em que vivemos. Os/as negros/as ainda são ampla minoria na universidade e são menos presentes ainda em cursos elitizados como medicina, direito e engenharias. E os/as homossexuais? Qual o local que os/as cabe na UFC? Junto das piadinhas de mal gosto e do Bosque da Letras que fecha as luzes mais cedo para sinalizar que essas pessoas não são bem- vindas. E a acessibilidade a pessoas com necessidades especiais? Isso nem se fala! As mulheres ainda não tem uma creche universitária (também campo de prática para cursos como pedagogia), passam por assédio moral em sala de aula, insegurança ao sair tarde da noite nos campi escuros da UFC, e a situação piora muito se ainda são pobres, pois as opressões se acumulam, e a mulher pobre, negra, lésbica e cadeirante tem muito mais dificuldade de se formar.
Mas se a universidade não foi feita pensado neles/as, foi feita para quem?
Temos muito ainda o que avançar para que a universidade seja de todos/as e para construirmos uma sociedade e universidade livre de toda as formas de opressão! Não podemos achar que essa transformação será automática, pelo contrário, ela será construída dia a dia, na transformação de homens e mulheres que transformam a sociedade na medida em que se transformam!
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