segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Lutamos Porque Sonhos Não Envelhecem



           Outra vez eleições pro DCE-UFC... mas o que está em jogo? Chapas lançadas, propostas, debates, defesas... quais são os reais projetos colocados?
Esse ano, tivemos aprovação do Novo Enem/SiSU, instalação de catracas no RU, abertura de cursos à distância e o reitor assinou um documento dizendo que no Brasil e na UFC tudo vai bem... e você foi consultado?
            Descobertas, ciência, tecnologia... pra que(m) produzimos conhecimento? Obras sendo feitas, cursos sendo criados.. será mesmo que a UFC está essas mil maravilhas? Que não temos problemas e que atingimos o ápice? Nossas salas de aula cada dia mais lotadas, falta de professores, filas no RU, a bolsa de pesquisa ou extensão não sai, e você no meio disso tudo? Será que temos espaço para dizer que UFC queremos?
            Além disso, fora dos muros da UFC só se fala em crise: econômica, ambiental, de participação, na política... e quem paga por isso? Para que se possa dizer que a crise não chegou por aqui, bancos e empresas foram salvos, enquanto a educação sofreu cortes de investimento, e as conseqüências sofremos nas nossas salas de aula.
            São muitas perguntas! E é por isso que estamos aqui... porque essas perguntas nos inquietam! E aqui entra a importância de se ter um DCE forte e atuante. Não que o DCE vá responder essas perguntas, mas nele podemos nos organizar e potencializarmos nossas ações. Ficamos muito felizes assistir um trabalho dos Encontros Universitários 2010 que mostra que quase 60% dos estudantes acham que o papel DCE é pra lutar pelos nossos direitos e por uma universidade melhor! Não foi por acaso que a Jornada de Assistência Estudantil alcançou muitas vitórias e que organizamos o maior Congresso de Estudantes do país dos últimos anos.
                        Não achamos que a diretoria do DCE “conseguiu” as coisas para os estudantes. Não queremos um DCE simplesmente fornecedor de carteirinhas e organizador de calouradas. Entregamos carteirinhas e fazemos calouradas sim, mas o movimento é muito mais do que isso. Não achamos que o melhor amigo do estudante é o militante profissional ou o prestador de serviços... achamos que os melhores amigos dos estudantes são os estudantes organizados: um ME autônomo, que não faça o que partido A ou B manda, não tenha nenhuma “compromisso” com o governo e nem baixe a cabeça pra reitoria.
            Ousamos falar em luta, em sonhos, em transformação social, em debate político e em democracia em tempos nos quais falar nisso tudo é quase cometer um delito. E falamos não por que somos saudosistas ou simplesmente sonhadores, mas sim porque acreditamos que sonhar é construir a luta diária. Luta que pode SIM construir um mundo novo e uma universidade verdadeiramente pública, 100% gratuita e de qualidade!
No DCE, nas salas de aula, no campo, na cidade:

Se da Luta não nos retiramos, Lutamos porque sonhos não envelhecem!

Nenhum comentário:

"Da luta não me retiro
Me atiro do alto e que me atirem no peito
Da luta não me retiro..."