Debate RadioAtiva 02/11

Acompanhem as entrevistas com as duas chapas realizadas no programa RadioAtiva 107,9 na última terça-feira, dia 02.

Debates!

Se da Luta não nos retiramos, Lutamos porque os Sonhos Não Envelhecem!

Nós somos a Chapa - 3 Lutamos Porque os Sonhos Não Envelhecem! Chapa para as eleições do Diretório Central dos Estudantes da UFC, que ocorrerão dias 9, 10 e 11 de novembro!

Ousamos falar em luta, em sonhos, em transformação social, em debate político e em democracia em tempos nos quais falar nisso tudo é quase cometer um delito. E falamos não porque somos saudosistas ou simplesmente sonhadores, mas sim porque acreditamos que sonhar é construir a luta diária. Luta que pode SIM construir um mundo novo e uma universidade verdadeiramente pública, 100% gratuita e voltada para as necessidades das camadas historicamente desfavorecidas da sociedade.

CONVOCAMOS todas e todos os estudantes da UFC a participarem e se inserirem no processo das eleições para o DCE, pois entendemos a elevada importância que essa entidade tem na construção das lutas pelas demandas estudantis não só na UFC, mas também no estado e em diversas outras lutas sociais.

Participem dos debates, questionem, sugiram e tirem suas dúvidas. Não reproduzam a lógica da “politicagem” que tanto criticamos do processo eleitoral lá fora, onde as pessoas votam mais por amizades e troca de favores, do que pela verdadeira identificação com o programa político e a concepção ideológica ali colocada.

DEBATES

02/11 (Terça-Feira)

- Programa RádioAtiva na Universitária FM 107,9 – Ao vivo, de 14:30 as 15h. Ou através do site:www.radiouniversitariafm.com.br

03/11 (Quarta-Feira)

- Campus do Benfica - A partir das 18:30 no Auditório José Albano no CH11 (Auditório novo)

- Campus do Porangabuçu - A partir de 12:00 no Auditório da Biblioteca

- Campus de Quixadá - A partir de 10h no Auditório Central

- Campus de Sobral - A partir de 16h na sala 6 do Fórum

04/11 (Quinta-Feira)

- Campus do Pici - A partir de 12:00 no Auditório do Centro de Ciências (em frente ao RU)

- Campus do Cariri - A partir de 17h no Auditório Central (Juazeiro do Norte)

09/11 (Terça-Feira)

- Programa RádioAtiva na Universitária FM 107,9 – Ao vivo, de 14:30 as 15h. Ou através do site:www.radiouniversitariafm.com.br

Universidade Pública? O que isso significa?

        A universidade é um mundo! Estamos sempre ocupados/as: aulas, pesquisas, extensão... Você já se questionou sobre para quem é destinado o conhecimento produzido na UFC? Pode parecer distante, mas essa discussão tem tudo a ver. Boa parte da população ainda sofre por não ter acesso à água, comida, saneamento, educação e saúde. Enquanto isso, grande parte das pesquisas da UFC atende às empresas. Não é contraditório? Como esse conhecimento acaba sendo patenteado, isso torna os seus frutos limitados. E quanto à nossa extensão universitária, a comunidade tem sido protagonista dos rumos da universidade ou mera expectadora? Você acredita que em alguns lugares da UFC o/a estudante é praticamente obrigado/a a pagar para assistir aula? Na odontologia é necessário comprar um instrumental de R$ 2.000 por semestre para poder participar das aulas práticas. Você acredita que na pós-graduação lato sensu os/as estudantes pagam mensalidade? Pois é, em algumas faculdades está banalizada a criação de cursos pagos, nos quais são utilizadas as salas de aula da UFC, datashow, computador, e, inclusive, os/as professores/as que sacrificam a graduação para dar aulas nesses cursos. No entanto, só quem paga a taxa do curso da UFC tem “direito” a participar e receber o diploma da UFC! É lamentável menos de 10% dos/as jovens entre 18 e 24 anos estarem no ensino superior! Será que o Novo ENEM e o Sistema de Seleção Unificado (SISU) entram para melhorar esse quadro? Não adianta criar um sistema unificado sem garantir políticas de assistência estudantil, pois os/as estudantes que não tem condições sofram uma concorrência ainda maior no seus estados, como ocorreu na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), onde nenhum estudante do estado nem de escola pública passou para o curso de medicina! Essa realidade faz com que o movimento estudantil e o DCE virem muros de lamentações? Claro que não! Ao invés de entristecer, ela deve nos impulsionar a trilhar um longo caminho de lutas para conquistarmos uma educação pública, de qualidade, que inclua a maioria da população e que seja 100% gratuita!

Pelo fim de todas as formas de opressão!

“Temos o direito de ser iguais

sempre que as diferenças nos inferiorizem

Temos o direito de ser diferentes

sempre que as igualdades nos descaracterizem”

Boaventura de Sousa Santos        

         Quando pensamos em machismo, racismo e homofobia, achamos que a universidade é um local privilegiado e livre de opressões. No entanto, basta olhar os cartazes de calouradas com meninas semi-nuas, o pequeno número de negros/as em nossa universidade e procurar cadeirantes e casais homoafetivos se expressando livremente para vermos que a universidade não está separada da sociedade em que vivemos. Os/as negros/as ainda são ampla minoria na universidade e são menos presentes ainda em cursos elitizados como medicina, direito e engenharias. E os/as homossexuais? Qual o local que os/as cabe na UFC? Junto das piadinhas de mal gosto e do Bosque da Letras que fecha as luzes mais cedo para sinalizar que essas pessoas não são bem- vindas. E a acessibilidade a pessoas com necessidades especiais? Isso nem se fala! As mulheres ainda não tem uma creche universitária (também campo de prática para cursos como pedagogia), passam por assédio moral em sala de aula, insegurança ao sair tarde da noite nos campi escuros da UFC, e a situação piora muito se ainda são pobres, pois as opressões se acumulam, e a mulher pobre, negra, lésbica e cadeirante tem muito mais dificuldade de se formar.

Mas se a universidade não foi feita pensado neles/as, foi feita para quem?

Temos muito ainda o que avançar para que a universidade seja de todos/as e para construirmos uma sociedade e universidade livre de toda as formas de opressão! Não podemos achar que essa transformação será automática, pelo contrário, ela será construída dia a dia, na transformação de homens e mulheres que transformam a sociedade na medida em que se transformam!

A UFC no rumo certo?

Ao vivenciarmos o dia-a-dia da UFC, percebemos que no campus do Pici, o sistema de transporte ainda é ineficiente e as filas do RU são grandes; a insegurança no Porangabuçu é constante e coloca a vida de todos/as em risco; o número exagerado de professores/as substitutos/as, que fragiliza o tripé universitário, é disseminado pelo Benfica; nos campi do interior, a assistência estudantil é um mito, pois só quem fala na construção de residências e RU’s são os/as estudantes. Esses problemas acontecem também em outras universidades Brasil afora... será uma mera coincidência? É importante, então, refletirmos sobre as causas desses problemas. Você sabia que menos de 1% do orçamento do nosso país é destinado à educação superior? Além disso, passamos por um processo de expansão sem qualidade na qual o aumento de verbas para garantir o aumento do número de vagas proposto pelo REUNI está muito aquém do necessário para a construção de salas de aula, contratação de professores/as efetivos/as, aumento do número de bolsas, garantia da assistência estudantil e financiamento público para pesquisa. Tais medidas se mostram na nossa UFC, como no fato de no campus do Cariri não existir biblioteca geral! Acreditamos que nós, estudantes, devemos sempre nosquestionarmosoporquêdo sucateamento da nossa universidade e lutarmos para construir alternativas! Dizem por aí que lutar por uma universidade de qualidade é utopia, pois então, que sejamos sonhadores/as!

A gente quer ter voz ativa, pro nosso destino mudar!

Há mais de vinte anos temos um regime democrático no Brasil. Mesmo assim, na UFC, atualmente os/as professores/as contam com 70% de peso na consulta para reitor/a e diretores/as e nos conselhos superiores, enquanto os/as técnico- administrativos/as e os/as estudantes contam com 15% cada. Isso significa, na prática: se TODOS/AS os/as estudantes e servidores/as tiverem uma mesma opinião, ela vale menos do que a opinião de metade dos/as professores/as. E é porque somos quase 30 mil estudantes! E quando falamos em consulta para reitor, isso significa que é feita uma lista tríplice entre os/as candidatos/as mais votados/as, que é enviada para escolha pelo Presidente da República.
Somos estudantes e percebemos a restrição da utilização da UFC: não temos mais Calourada Geral na Concha Acústica nem Cover dos Beatles, quando organizamos encontros estudantis de curso, a reitoria tem colocado diversos empecilhos para o acontecimento de eventos. Além disso, existe um mecanismo chamado ad referendum, onde o reitor pode decidir, sozinho, sobre o rumo da universidade sem consultar os conselhos previamente, como aconteceu com o Novo ENEM.
E essa estrutura antidemocrática é tão forte, que o reitor se sente bastante à vontade em não aparecer em nenhuma das audiências públicas marcadas pela última gestão, se sente bastante a vontade em não receber mais de 100 estudantes em manifestação a fim de discutir a democratização do acesso à universidade.
Pra mudarmos a UFC, precisamos mudar a forma como as decisões são tomadas!


Propomos:
- Voto paritário em eleições para Reitor, rumo ao voto universal! Pelo fim da lista tríplice!
- Por paridade nos conselhos universitários!
- Pela garantia dos encontros estudantis!
- Pelo fim do ad referendum!
- Calourada Geral 2011.1 na Concha Acústica!

Lutamos Porque Sonhos Não Envelhecem

           Outra vez eleições pro DCE-UFC... mas o que está em jogo? Chapas lançadas, propostas, debates, defesas... quais são os reais projetos colocados?

Esse ano, tivemos aprovação do Novo Enem/SiSU, instalação de catracas no RU, abertura de cursos à distância e o reitor assinou um documento dizendo que no Brasil e na UFC tudo vai bem... e você foi consultado?

            Descobertas, ciência, tecnologia... pra que(m) produzimos conhecimento? Obras sendo feitas, cursos sendo criados.. será mesmo que a UFC está essas mil maravilhas? Que não temos problemas e que atingimos o ápice? Nossas salas de aula cada dia mais lotadas, falta de professores, filas no RU, a bolsa de pesquisa ou extensão não sai, e você no meio disso tudo? Será que temos espaço para dizer que UFC queremos?

            Além disso, fora dos muros da UFC só se fala em crise: econômica, ambiental, de participação, na política... e quem paga por isso? Para que se possa dizer que a crise não chegou por aqui, bancos e empresas foram salvos, enquanto a educação sofreu cortes de investimento, e as conseqüências sofremos nas nossas salas de aula.

            São muitas perguntas! E é por isso que estamos aqui... porque essas perguntas nos inquietam! E aqui entra a importância de se ter um DCE forte e atuante. Não que o DCE vá responder essas perguntas, mas nele podemos nos organizar e potencializarmos nossas ações. Ficamos muito felizes assistir um trabalho dos Encontros Universitários 2010 que mostra que quase 60% dos estudantes acham que o papel DCE é pra lutar pelos nossos direitos e por uma universidade melhor! Não foi por acaso que a Jornada de Assistência Estudantil alcançou muitas vitórias e que organizamos o maior Congresso de Estudantes do país dos últimos anos.

                        Não achamos que a diretoria do DCE “conseguiu” as coisas para os estudantes. Não queremos um DCE simplesmente fornecedor de carteirinhas e organizador de calouradas. Entregamos carteirinhas e fazemos calouradas sim, mas o movimento é muito mais do que isso. Não achamos que o melhor amigo do estudante é o militante profissional ou o prestador de serviços... achamos que os melhores amigos dos estudantes são os estudantes organizados: um ME autônomo, que não faça o que partido A ou B manda, não tenha nenhuma “compromisso” com o governo e nem baixe a cabeça pra reitoria.

            Ousamos falar em luta, em sonhos, em transformação social, em debate político e em democracia em tempos nos quais falar nisso tudo é quase cometer um delito. E falamos não por que somos saudosistas ou simplesmente sonhadores, mas sim porque acreditamos que sonhar é construir a luta diária. Luta que pode SIM construir um mundo novo e uma universidade verdadeiramente pública, 100% gratuita e de qualidade!

No DCE, nas salas de aula, no campo, na cidade:

Se da Luta não nos retiramos, Lutamos porque sonhos não envelhecem!

Lançamento da Chapa 3!

Mais uma vez chegamos a época de eleições para o Diretório Central dos Estudantes. E novamente surge uma chapa com a proposta de construção de uma Universidade mais democrátiica, acessível e voltada a produção de conhecimento para a melhoria dos problemas de nossa sociedade. Essa construção só se dará com a mobilização dos estudantes e é dessa forma que a Chapa 3 Lutamos Porque Sonhos Não Envelhecem pretende continuar fazendo do DCE um instrumento de luta pelos direitos dos alunos de nossa Universidade. Lutando pelo direito a ensino, pesquisa e extensão de qualidade, pela assistência estudantil, pela graduação e pós-graduação totalmente gratuitos, pela liberdade de expressão e pela democracia podemos construir a UFC que queremos. Por isso convidamos todos e todas a se juntarem a nós nessa luta. 

LANÇAMENTO DA CHAPA 3 LUTAMOS PORQUE SONHOS NÃO ENVELHECEM! 18:30H NO BOSQUE DA LETRAS CH1!

lutamosporsonhos@gmail.com
www.twitter.com/lutaresonhar